Rômulo Rocha deixou as drogas para se entregar ao amor de Deus
Nem sempre as pessoas que se envolvem com o universo do vícios são pessoas acostumadas com aquele ambiente, as vezes por curiosidade ou fraqueza muitos jovens se entregam as drogas, deixando para trás uma família, casa, amigos e um grande futuro. Rômulo Rocha nasceu no Rio de Janeiro e sempre foi um rapaz exemplar, ele conta que era o “nerd” da família, praticava esportes, falava inglês fluente e tinha uma boa família, mas aos 18 anos conheceu o mundo das drogas.
“Comecei a beber cerveja, depois disso emplaquei nas baladas, assim fui bebendo de tudo e caindo pelos cantos até os 22 anos. Foi então que me apresentaram as drogas e uni os dois vícios para ficar ligadão”, conta. Na época, Rômulo fazia faculdade de informática, mas acabou abandonando os estudos. Sempre foi esforçado e trabalhou em grandes empresas, recebia propostas muito boas mesmo não sendo formado.
Em uma das empresas o jovem ia “virado”, até que começou a usar drogas no banheiro do escritório. “Então tudo foi piorando e usei 15 dias seguidos. Ao sair de uma das empresas onde trabalhava recebi cerca de R$60 mil reais por tempo e serviços prestados. Ali, gastei todo o dinheiro e comprei somente drogas, me tranquei no quarto de um hotel e usei tudo aquilo em 15 dias seguidos”, lembra.
A família de Rômulo não sabia nada de seu paradeiro, o tinha dado como desaparecido, até que o achou e ele já estava morrendo por conta das drogas. “Pedi ajuda e me internaram em uma das melhores clínicas do Rio de Janeiro, onde fiquei por oito meses e sai recuperado, mas preocupado com o mercado de trabalho. Até que uma senhora me ofereceu trabalho em Brasília”.
Rômulo veio para Brasília, conheceu uma igreja e se batizou. “Achei que não ia cair mais. Entrei para o louvor e fiquei 2 anos limpo. Decidi voltar para a faculdade, fiz o ENEM e passei, comecei a fazer faculdade com bolsa integral. Um dia, decidi que estava cansado e que queria estudar para ser o melhor e para isso não ia mais ser do louvor. Eu não sabia que aquela seria uma das piores decisões”.
A partir de então, ele começou a faltar também aos cultos, até que parou de ir. Começou a sair com os amigos da faculdade e a tomar somente um ‘chopp’. Depois, voltou a beber em casa, sozinho mesmo. E tudo aquilo parecia estar retornando, Rômulo começou a beber 15 dias sem parar.
E mais uma vez, Rômulo pediu ajuda e decidiu que queria de fato sair daquela vida. Alguns amigos o levaram para Comunidade Terapêutica Desafio Jovem, mantida pelo projeto Parceiros de Deus, do ministério SNT. Ali, ele pode se reencontrar em poucos dias e cada novo dia tem sido uma batalha diferente para estar limpo. “Poucos dias aqui transformaram a minha vida. Vim para cá porque queria parar de usar drogas, mas percebi aqui que eu preciso ser uma nova criatura. Vejo que não estamos aqui a toa, precisamos morrer para nascer de novo. Aqui, posso sentir a presença de Deus, e embora seja um grupo pequeno, posso me sentir como se estivesse em uma grande família”, diz.