“Muitos cristãos não reconhecerão Jesus quando ele voltar”, afirma teólogo
“Quando o Messias judeu veio ao mundo, a grande maioria dos judeus que deveriam segui-lo não o reconheceu. E quando Ele voltar, os cristãos que dizem segui-lo cometerão o mesmo erro?”, esse é o questionamento de Joseph Farah, teólogo especialista em escatologia.
O site fundado por ele, World News Daily, é um dos canais de informação com enfoque cristão mais acessados do mundo, com média de 8 milhões de visitantes mensais. Além disso, ele comanda uma editora que produz uma revista, livros e DVDs focados no estudo do Final dos Tempos e no Apocalipse.
Durante uma entrevista para Paul McGuire na rede cristã GodTV, o estudioso fez uma série de considerações de como a volta de Jesus será muito diferente do que a maioria das igrejas prega.
“Quem é Jesus e como ele vai voltar?”, perguntou Farah. “A maioria dos judeus não o reconheceu como seu Messias por que tinham uma expectativa diferente sobre a vinda do seu Messias. Eles estavam muito focados no ensinamento dos homens, ao invés de olhar para as Escrituras. Acredito que muitas pessoas que vão à Igreja também não irão entender as coisas quando ele voltar”.
Falando sobre seu novo livro, “A Restituição de Todas as Coisas”, o teólogo diz que decidiu escrever sobre um dos grandes mistérios das Escrituras: o Reino Milenar. O autor acredita que os crentes precisam ser melhor ensinados sobre como tudo isso está ligado a Israel, para que não sejam enganados.
“Esse judeu vai voltar, sobre o Monte das Oliveiras, como foi profetizado. Ele estabelecerá seu reino em Israel. O mundo inteiro terá como centro a Terra Prometida”, destaca. E vai mais longe: “Qual é a base de nossa fé em Jesus? São as profecias hebraicas que anunciavam como Ele viria, quando viria, onde viria e tudo mais. Mas acho que muitos cristãos sequer compreendem por que quando Jesus voltar ele reinará a partir de Israel”.
Teologia da substituição
Sua compreensão é que a profecia não trata apenas do futuro. Trata-se também de estudar as Escrituras para compreender o que acontecia antes do cristianismo. O teólogo diz que, como nossas raízes são hebraicas, a Igreja jamais poderia ter aceito a “teologia de substituição”, segundo a qual Deus “trocou” Israel pela Igreja e tudo agora é espiritual, perdendo seu aspecto histórico e geográfico.
Seu pedido é que a Igreja volte a olhar para Israel pelas “lentes” da Palavra e parem de rejeitá-lo e ir contra ele. Afinal, os profetas foram bem específicos quanto ao que há de acontecer em Israel nos últimos dias e só existe um lugar na terra com esse nome.
Portanto, não deveríamos deixar questões políticas ou de “interpretação” se tornarem mais importantes do que aquilo que a Bíblia diz. Em seu entendimento, nenhum cristão deveria ser contra os judeus ou contra o Estado de Israel.
“Sinto o Espírito Santo me levando a reconectar cristãos com suas raízes hebraicas, porque fomos enxertados nas promessas concedidas à Casa de Israel através de nossa fé em Jesus”, lembrou.
“É algo tão simples e importante para os cristãos entenderem. Jesus não veio para começar uma nova religião. Ele pregou apenas à Casa de Israel durante seu ministério terreno. Os gentios reconheceram que podiam fazer parte disso e é uma bênção para nós até hoje”, assevera.
Fonte: Gospel Prime